segunda-feira, 31 de julho de 2017

Curiosidades do Pará

As belas paisagens e curiosidades históricas atraem turistas de todos os lugares do planeta, região sudeste, e Fordlândia  passou a ser uma cidade modelo. Ford não queria só produzir, mas mostrar a realização do poder econômico que ele tinha conquistado, com belas casas, um hospital de ponta, uma caixa d'água imponente, que poderia ser vista de qualquer lugar, cinema, rede de distribuição, água potável, entre outros. Uma estrutura que nem Santarém ou Belém tinham na época".Mas o americanismo de Henry Ford ultrapassou os limites da arquitetura. As diferenças culturais eram visíveis em todos os aspectos da vida cotidiana, como vestuário, crenças, modo de encarar o trabalho e o lazer. Com isso, o surgimento de conflitos era só uma questão de tempo. Até que o descontentamento chegou à mesa dos trabalhadores, e em 1930 protagonizaram uma revolta conhecida como “quebra panelas”.
 Os americanos retiraram a farinha da alimentação, e a substituíram pelo pão. Essa, entre outras, foram mudanças alimentares radicais para o homem da Amazônia. Conta a história que eles se rebelaram e chegaram a expulsar alguns americanos, que  tiveram que se abrigar em fazendas próximas à cidade. Foi preciso, inclusive, a intervenção de forças policiais para conter a situação. Eles queriam apenas a introdução de produtos regionais na sua alimentação".

Quase 90 anos depois, Fordlândia ainda mantém viva a memória daquela época. Andar pela cidade é como visitar um museu a céu aberto. As ruínas dos grandes galpões de beneficiamento do látex com maquinário original, do antigo hospital, do cemitério e da escola, entre outros prédios requintados, são testemunhas silenciosas da passagem do tempo. E a cada passo dado, é como se mergulhássemos nos velhos livros de história.
 Quase 90 anos depois, Fordlândia ainda mantém viva a memória daquela época. Andar pela cidade é como visitar um museu a céu aberto. As ruínas dos grandes galpões (foto) de beneficiamento do látex com maquinário original, do antigo hospital, do cemitério e da escola, entre outros prédios requintados, são testemunhas silenciosas da passagem do tempo. E a cada passo dado, é como se mergulhássemos nos velhos livros de história. FOTO: MÁCIO FERREIRA /  AVEIRO - PARÁ


 Por entre casas pintadas de verde e branco, igrejas, galpões em ruínas e outras construções, e uma paisagem exuberante às margens do Rio Tapajós, é possível ligar os pontos de uma história iniciada no final dos anos 1920, que colocou o Pará, e a Amazônia, em destaque no cenário internacional. O combustível foi a Hevea brasiliensis, conhecida pelos nativos como seringueira, por meio do projeto de expansão da produção de borracha para alimentar as fábricas de automóveis do empresário norte-americano Henry Ford, considerado um dos homens mais ricos e conhecidos do mundo à época. FOTO: MÁCIO FERREIRA /  AVEIRO - PARÁ
   
As belas paisagens e curiosidades históricas atraem turistas de todos os lugares do planeta. O biólogo argentino Matias Carnavale, e sua namorada Eliana Morales, são aproveitaram as férias para conhecer um pouco mais sobre a Amazônia, em especial a presença de Ford na região. "É a minha sexta vez no Brasil, e a nossa primeira vez na Amazônia brasileira. O que nos atraiu para Fordlândia foi a singular história do lugar. Ficamos curiosos para saber como uma cidade da América do Norte foi reproduzida no meio da Amazônia, mas a curiosidade maior foi de minha namorada, que sugeriu a visita", comentou o biólogo.







 O roteiro de férias no oeste paraense fica completo com a visita a um dos balneários mais importantes do Estado. A cerca de 35 quilômetros de Santarém, pela Rodovia PA-457, está Alter do Chão (foto). O bucolismo da vila onde está uma das praias mais famosas do Pará causa, de imediato, a sensação de bem-estar no visitante. FOTO: SIDNEY OLIVEIRA / ALTER DO CHÃO - PARÁ


 Depois de conhecer a história da colonização portuguesa na Amazônia, é hora de procurar diversão nos balneários de Óbidos. Um deles fica perto da cidade, a cerca de apenas nove quilômetros, na Rodovia PA-254, zona rural. O Balneário Curuçambá (foto) é o mais conhecido e também o mais procurado por famílias. FOTO: SIDNEY OLIVEIRA / AG. PARÁ DATA: 22.07.2017 ÓBIDOS - PARÁ



 O coreto da praça (foto) que hoje é a Praça Matriz fica em entre ao prédio mais antigo da cidade, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Construída entre 1761 e 1819 em estilo colonial português, a catedral reluzente foi sendo modificada ao longo dos anos pelas inúmeras reformas internas e externas. FOTOS: SIDNEY OLIVEIRA /  SANTARÉM


 Santarém, hoje o polo da região, e Óbidos, berço dos grandes Inglês de Souza e José Veríssimo, são dois desses redutos, onde a herança portuguesa está presente nas ruas, nas edificações, nos costumes e na religiosidade. O Centro Cultural João Fona (foto). O prédio, construído entre 1853 e 1867, já foi sede da Câmara e Prefeitura Municipal, Fórum de Justiça, Cadeia Pública e Coordenadoria de Cultura. Hoje abriga o Museu de Santarém. FOTO: SIDNEY OLIVEIRA / AG. PARÁ DATA: 28.07.2017 SANTARÉM - PARÁ

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Rede de Sementes do Xingu completa 10 anos


O mini-documentário "Xingu, histórias dos produtos da floresta", apresenta algumas das histórias de cadeias produtivas florestais beneficiadas pelo Fundo Amazônia, por meio do projeto “Sociobiodiversidade Produtiva no Xingu”, desenvolvido pelo ISA e 12 parceiros na Bacia do Xingu, no Mato Grosso e no Pará, entre 2014 e 2016.
2017 é um ano muito especial para a Rede de Sementes do Xingu: neste mês de julho, a Rede comemora 10 anos de existência como a maior iniciativa que trata de sementes florestais nativas do Brasil. No decorrer desses anos foram utilizadas 175 toneladas de sementes nativas de mais de 200 espécies coletadas e beneficiadas por 450 coletores, gerando uma renda de R$ 2,5 milhões para as famílias.

Para comemorar essa data especial, será feito um grande encontro no pólo Diauarum, no Território Indígena do Xingu, semeando os planos futuros dessa iniciativa que já recuperou mais de 5 mil hectares de áreas degradadas na região e fora dela.

Há poucas semanas você conheceu um pouco mais sobre a história da Rede no primeiro episódio da série de três mini-documentários, “Xingu, histórias dos produtos da floresta”.

Hoje compartilhamos com vocês outros dois episódios da série, sobre Frutas e sobre a Terra do Meio.




Conheça também o livro “Xingu: história dos produtos da floresta”, que te transporta para o Xingu e te leva para conhecer lugares únicos, pessoas inspiradoras e iniciativas que valorizam a natureza e que fortalecem a proteção à diversidade social e ambiental da região.

Junte-se ao ISA! Vamos juntos fortalecer a proteção da floresta e os hábitos e tradições da região do Xingu.




Conheça a Rede de Sementes do Xingu, o óleo de pequi do povo Kisêdjê, a fábrica de polpas Araguaia e as castanhas, óleos e borracha da Terra do Meio, produtos da floresta que levam consigo as histórias dos povos que nela e dela vivem de forma integrada e sustentável, e que fortalecem um duplo território: o da Amazônia e o da identidade de cada um de seus moradores. Saiba mais: https://medium.com/@socioambiental/a-...





Agradecimentos: a todos os povos indígenas, ribeirinhos, extrativistas e agricultores familiares que fazem parte desta história. À Associação Rede de Sementes do Xingu, Associações de moradores da Terra do Meio (Amora, Amoreri e Amomex), Associação Indígena Kĩsêdjẽ (AIK), Movimento das Mulheres Yarang, Associação Indígena Moygu Comunidade Ikpeng (AIMCI) e Assentamento Dom Pedro. Aos nossos parceiros da União Européia, EDF, Fundação Moore, Rainforest, Manos Unidas, Fundo Vale, ANSA, Instituto Bacuri, Imaflora, Funbio, Amazonia Live, Firmenich, Wickbold, Mercur, Tucum, Atina, Grupo Resek, Articulação Xingu Araguaia (AXA), Natura, Borges & Prudente e AFB.
Realização: Instituto Socioambiental (ISA)

Ficha Técnica:
Direção e Imagens: Fabio Nascimento
Produção Executiva: Bruno Weis, Daniela Jorge de Paula, Rodrigo Junqueira, Jeferson Straatmann,
Entrevistas: Marina Yamaoka e Isabel Harari
Montagem e Finalização: Daniel Carezzato
Animações: Sérgio Castro
Trilha sonora: Bruno Prado
Narração: Dani Scopin
Produção Local: Augusto Postigo, Dannyel Sá, Fabiola Silva, Eduardo Malta, Ana Lúcia Silva Souza, Bruna Dayanna Ferreira, Cláudia Araújo, Sadi Elsenbach, Benedito Alzeni Bento (Nim), Cleudemir Peixoto (Cleu).

Mais sobre o ISA: www.socioambiental.org

terça-feira, 18 de julho de 2017

O lixo no Brasil ainda não tem solução definitiva

Cientistas americanos calcularam a quantidade total de plástico já produzida pela humanidade, e afirmam que ela chega a 8,3 bilhões de toneladas. E essa massa impressionante de material foi criada apenas nos últimos 65 anos.
A questão, no entanto, é que itens plásticos, como embalagens, costumam ser usados por curtos períodos de tempo antes de serem descartados.
Mais de 70% da produção total de plástico está em esgotos, que vão principalmente para aterros sanitários - apesar de que a maior parte dela é acumulada nos ambientes abertos, incluindo os oceanos.


O lixo no Brasil está se tornando um desafio assustador, geramos mais de  milhões de toneladas de resíduos sólidos nas cidades Brasileiras, embora muito pouco tenha sido feito para recolher e dar uma destinação adequada a todo esse lixo.
Mesmo diante de tamanha quantidade de rejeitos ainda estamos muito distantes de cumprir à risca as metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
    Foto: Rodolfo Oliveira/AG/PA








Temos uma geração de resíduos si miliar a dos países que estão na mesma faixa que a nossa, mas eles têm uma destinação final muito melhor. Nesse quesito ainda estamos muito atrasados. O lixo é um fenômeno puramente humano, uma vez que na natureza não existe. Tudo no ambiente agrega elementos de renovação e reconstrução do mesmo. Nesse contexto, o lixo pode ser encontrado no estado sólido, líquido e gasoso.
A questão dos resíduos sólidos afeta em geral todas as atividades, pessoas e espaço convertendo-se em um problema não só pelo o que representa em termos de recursos desperdiçados, mas também pela crescente incapacidade de se encontrar lugares adequados que permita a acomodação correta do lixo do ponto de vista ambiental, uma vez que o lixão está localizado em uma estrutura geológica sedimentar muito recente e como tal facilita a contaminação devido suas características estratigráficas não consolidadas. Os problemas sociais são bem evidentes no local, devido o lixão está localizado próximo a área urbana.
cidade de Marituba Para, sofre com o aterro sanitário que completa um ano de funcionamento e pelo menos dez mil  famílias de sete bairros do município estão sendo atingidas, quem necessita do solo e da água para sobreviver também reclama da Central de Tratamento de Resíduos, como é o caso da agricultora, outro que também está preocupado com a contaminação do solo e dos lençóis freáticos, vistoria no aterro e constatou irregularidades e crimes ambientais.

O tratamento do lixo era pra ser assim





protesto na BR 316 contra o Aterro Sanitário

Solicitado encerramento do Aterro Sanitário em Marituba

Estado e UFPA firmam parceria para monitorar Aterro Sanitário

O Governo do Pará, representado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), anunciou nesta terça-feira (18) o contrato firmado com a Universidade Federal do Pará (UFPA), já publicado no Diário Oficial do Estado, para prestação de serviços de estudo, avaliação e identificação de possíveis áreas contaminadas, geradoras de passivos ambientais, a serem executados no âmbito da Central de Processamento e Tratamento de Resíduos Urbanos, em Marituba, município da Região Metropolitana de Belém.

Fotos: Sodrepara



 Um dos responsáveis pelo estudo, avaliação e proposição técnica de projeto de controle da disposição dos resíduos sólidos será o professor Mário Russo, especialista em Plano Estratégico para Resíduos, que integra a equipe da UFPA. Natural de Portugal, Mário Russo foi vice-presidente da Associação Portuguesa de Engenharia Sanitária e Ambiental (Apesb) e coordenador do Grupo de Resíduos da Apesb (Grapesb), tendo sido representante de Portugal na International Solid Waste Association (ISWA), associação do setor dos resíduos, parceira da Organização das Nações Unidas (ONU) na área de resíduos e alterações climáticas.

 A Universidade Federal do Pará fará pesquisas, principalmente de investigação ambiental. O objetivo é verificar se há uma contaminação ou exposição das pessoas à contaminação. Enfim, será feito um monitoramento”, informou o secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Luiz Fernandes Rocha, durante a reunião realizada hoje com representantes de comunidades do entorno do Aterro Sanitário de Marituba.
A intervenção foi feita para que as obras necessárias ao empreendimento fossem realizadas, e para corrigir as inconformidades encontradas pela Semas no funcionamento do Aterro. O trabalho é constante, até que as outras situações identificadas, como o chorume acumulado em lagoas adicionais e o forte odor, sejam resolvidos. Fiscalizações diárias também são realizadas por técnicos da Semas. Todos os relatórios estão disponíveis no site da Secretaria - https://www.semas.pa.gov.br/.

Por Nilson Cortinhas AG/PA



Coleta seletiva de lixo em São Paulo ainda engatinha



Os impactos do lixo na natureza. A reciclagem como uma solução





Lixão de Brasília/ Brasil 2017










“Caminhada pelo Clima em Defesa da Terra – Rumo à COP 30”

Povos Indígenas: caminhada em defesa da terra faz chamamento à sociedade civil em Belém. Fotos: Sodrepara / Brasil   PARA TERRITORIO INDIGEN...