Uma das atrações do evento, Fabiana Beltrame, primeira brasileira a ser campeã mundial de remo, em 2011, espera que o Parque do Utinga possa receber uma raia olímpica em breve para que os atletas locais tenham condições de evoluírem.
O lago não deixa a desejar em nada a lugares internacionais que já competi. Com as estruturas necessárias, será um excelente ponto de treinamento e de desenvolvimento da modalidade. O remo é muito ligado à natureza, por isso é de interesse nosso a preservação. Aqui o rendimento dos atletas saltará”, disse Fabiana Beltrame.
A expectativa é que o espaço receba infraestrutura, com garagem para os barcos, rampa para as águas e segurança para que os atletas não precisem mais se arriscar nos treinos matinais na baía do Guajará, que possui um grande fluxo de embarcações e forte maresia.
“Mesmo treinando na baía no Guajará, nós conseguimos convocações e pré-convocações para a seleção brasileira nos últimos anos. Agora, poderemos aumentar o nosso rendimento e entrar de vez para o cenário nacional. Hoje estamos evoluindo o esporte no Pará”, disse Ulisses Sereni, organizador do evento e diretor náutico do Paysandu.
O Parque Ambiental do Utinga foi criado em 1993 para preservar a biodiversidade do local. Os lagos Água Preta e Bolonha ocupam, juntos, quase a metade do Parque do Utinga, somando cerca de 500 hectares de lâmina d’água e são responsáveis pelo abastecimento de 70% da população da região metropolitana de Belém.
“A realização deste evento representa o crescimento do esporte no Pará. Reforçar o Parque do Utinga como uma praça esportiva é um investimento no rendimento dos nossos atletas. Além disso, temos o incentivo do uso público e a conservação do espaço”, ressaltou Renilce Nicodemos, secretária de Estado de Esporte e Lazer.
Por Adriana Pinto
Fotos: Sodrepara