Fotos: Divugação e Sodrepara
A cacauatl foi modificada pelos espanhóis, passando a ser tomada quente e com leite e açúcar, basicamente, uma vez que se juntou muitos outros produtos para retirar o gosto apimentado, que nem sempre é apreciado pelo consumidor comum. Recebeu, então, um novo nome: chacauhaa (chacau = quente; haa = bebida). Depois, houve confusão entre as palavras, das bebidas quente e fria, dando origem a palavra chocolate.
O cacaueiro (Theobroma cacao, que significa alimento dos deuses) é a árvore que dá origem ao fruto chamado cacau. É da família Malvaceae e a sua origem é a América do Sul. Atinge entre 4 a 8 metros de altura e possui duas fases de produção: temporão (março a agosto) e safra (setembro a fevereiro). O cacau é a principal matéria-prima do chocolate, feito por meio da moagem das suas amêndoas secas em processo industrial ou caseiro. Outros subprodutos do cacau incluem sua polpa, suco, geleia, destilados finos e sorvete.
Por ser plantado à sombra da floresta, o cacau foi responsável pela preservação de grandes corredores de mata atlântica no sul do Estado da Bahia no Brasil. Este sistema é conhecido como "cacau cabruca", do termo "brocar" (ralear). Recentemente, foi criado o Instituto Cabruca que, junto com outras instituições ambientalistas, vem desenvolvendo projetos de pesquisas e extensão sobre o tema, estudando formas de manter essa vegetação nativa associada ao cacau.
A falta de assistência técnica aos produtores limita o avanço da cultura no Pará, onde a meta é duplicar a produção de 115 mil toneladas de cacau nos próximos 10 anos. A estratégia de combate a essa deficiência, no atual momento de crise econômica, é usar parte dos recursos do Funcacau no atendimento aos agricultores envolvidos no plantio. A previsão é aplicar cerca de R$ 11 milhões em quatro anos e os cursos serão ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Foto: Sodrepara
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