A Coordenação de Livre Orientação Sexual (Clos) da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) promoveu, em parceira com policiais civis da Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), uma ronda compartilhada com representantes de movimentos sociais e órgãos de segurança pública, com o objetivo de informar travestis e transexuais que trabalham como profissionais do sexo, sobre seus diretos e deveres perante a sociedade. Denominada “Ponto de Paz”, a campanha foi realizada pela primeira vez nesta terça-feira, 29, dia da Visibilidade Trans, e consiste em uma ronda por pontos de prostituição. Na ocasião foram entregues cartilhas informativas e repassadas informações sobre como o grupo deve agir em casos de homofobia.
fotos: Carlos Sodré
A delegada Simone Machado, diretora de Atendimento a Grupos Vulneráveis, explica que o momento serve para aproximar travestis e transexuais dos serviços da Sejudh, Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup) assim como das Polícias Militar e Civil. “Esse momento serve para que elas se sintam recebidas pelos atendimentos fornecidos pelas secretarias, para que a gente consiga aproximar o grupo LGBT dos serviços comuns a todo cidadão. O que nós queremos é resguardar o direito à cidadania, pois muitas delas sofrem crimes de injúria, calúnia e até lesão corporal, porém não sabem como denunciar” ressalta.
A coordenadora de Livre Orientação Sexual da Sejdh, Bruna Lorrane, ressalta que o trabalho fez parte do programa “Oportuniza Pará”, que consiste em um conjunto de ações do Governo do Estado, diretamente ligadas ao Plano Estadual de Diretos Humanos LGBT, visando o enfrentamento à homofobia. “A ação visa uma cultura de paz, através da promoção de conhecimento, de modo a estabelecer o contato imediato dos órgãos da esfera pública com os profissionais do sexo, travestis e transexuais. A Sejudh sempre recebeu essas demandas, tanto da comunidade LGBT como da própria polícia, para saber como agir uns com os outros” assevera Bruna Lorrane, ressaltando que o grupo acredita que o enfrentamento à homofobia também se faz por meio da prevenção.
Participaram da ação Policiais Civis e Militares, representantes do Grupo de Resistência de Travestis e Transexuais da Amazônia (Gretta), movimentos sociais e psicólogos e assistentes sociais do Centro de Referência em Direitos Humanos da Sejudh.
fotos desiree giusti
Delegada é Christiane Lobato
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