sexta-feira, 12 de setembro de 2014

“Canto de Carimbó” Patrimônio cultural do Pará brasileiro

Agora, vamos à luta para levá-lo até a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), e torná-lo patrimônio mundial”.
O coordenador da Campanha do Carimbó, Isaac Loureiro, destacou que a luta e a conquista do registro é mérito das comunidades e dos artistas paraenses. “E uma vitória nossa, que desde 2008 nos unimos e nos organizamos. Agora, vamos poder garantir a salvaguarda de nossos mestres, de seu trabalho. O que queremos é dignidade”, ressaltou.
Para a superintendente do Iphan no Pará, Maria Dorotéa de Lima, este “foi um trabalho em equipe”. Ela agradeceu a colaboração de todos durante a elaboração do dossiê enviado ao Conselho Consultivo.
Fotos: Sodrepara









 A comemoração deve continuar até o início da noite. Entre os grupos que se apresentam no Centur estão “Sereia do Mar”, “Sancari” e “Grupo de Cafezal”. “Estamos muito felizes com o resultado da votação. A intenção é comemorar dançando, até quando as pernas aguentarem”, disse Maria Luzia Souza, 56 anos, moradora de Belém, que foi esperar o anúncio no Centur


 O músico Nilson Chaves, presidente da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, disse esperar que, “agora, nossos grandes mestres sejam reconhecidos. Verequete, Mestre Lucindo, Cupijó, Pinduca, e os que estão aqui, resistindo e mantendo viva a nossa cultura”. Na ocasião, ele cantou “Canto de Carimbó”, uma de suas músicas mais conhecidas.

dança de passos miúdos e em roda é uma tradição indígena, misturado com: o rebolado sensual e o batuque ligeiro do negro e os instrumentos de sopro e o modo de dançar girando, com a formação de casais dos portugueses.

A dança do carimbó apresenta uma coreografia em que os dançantes imitam animais como o macaco e o jacaré, sendo apresentada em pares, começa com duas fileiras de homens e mulheres com a frente voltadas para o centro. Quando a música inicia, os homens vão em direção às mulheres, diante das quais batem palmas como uma espécie de convite para a dança. Imediatamente, os pares se formam, girando continuadamente em torno de si mesmo, ao mesmo tempo formando um grande círculo que gira em sentido contrário ao ponteiro do relógio. Nesta parte, observa-se a influência indígena, quando os dançarinos fazem alguns movimentos com o corpo curvado para frente, sempre puxando-o com um pé na frente, marcando acentuadamente o ritmo vibrante.



Centur e parabenizou os paraenses pelo reconhecimento. “Mais do que uma dança ou ritmo, o carimbó é uma manifestação cultural, e sua preservação e visibilidade serão os maiores ganhos com esta vitória. O carimbó representa nossa cultura de raiz, deixa de ser do Pará para tornar-se do Brasil. Agora, vamos à luta para levá-lo até a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), e torná-lo patrimônio mundial”.








Para a superintendente do Iphan no Pará, Maria Dorotéa de Lima, este “foi um trabalho em equipe”. Ela agradeceu a colaboração de todos durante a elaboração do dossiê enviado ao Conselho Consultivo.

Texto: Luiz Flávio
Fundação Cultural do Pará “Tancredo Neves"

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