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Na madrugada de sábado 17/02/2018, algo que já era previsto por moradores há meses, o rompimento de barragens de rejeitos da Hydro, em Barcarena, região nordeste do Pará. Com as chuvas dos últimos dias, as bacias ultrapassaram sua capacidade e não foram mais suficientes para conter as substâncias, em especial bauxita, podendo causar um grave quadro de contaminação na cidade.
O aterro se estende por uma área cada vez maior e quando o tempo está seco, a cidade fica coberta por grandes nuvens de poeira vermelha.
Barcarena (PA) – Treze comunidades ribeirinhas, que dependem dos recursos naturais dos igarapés Bom Futuro, Gurajuba e dos rios Murucupi e Tauá, na bacia do rio Pará, em Barcarena, viram seus quintais e poços artesianos serem tomados por uma lama vermelha na sexta-feira (16). Chovia forte na região. Mas a certeza era outra. Houve o que eles temiam há muitos anos: o vazamento de rejeitos químicos das atividades de processamento da mineradora Hydro Alunorte, de capital norueguês, reconhecida como a maior refinaria de bauxita do mundo.
Conforme o laudo do Instituto Evandro Chagas, os produtos químico encontrados na água do igarapé Bom Futuro e rio Pará são: chumbo, nitrato, sódio e alumínio; eles podem provocar doenças gástricas e até câncer, serão realizadas novas vistorias Se for constatada derivação clandestina de efluentes, trata-se de crime ambiental, e serão aplicadas as sanções previstas na legislação. O Ibama prosseguirá com a apuração junto aos demais órgãos competentes”, disse o instituto.
De acordo com a promotora, a empresa também terá que apresentar uma análise comprovando que cumpriu o plano de contingenciamento no caso do vazamento ocorrido no fim de semana. E ainda, terá que executar imediatamente o plano de contingenciamento, inclusive com o fornecimento de água potável e atendimento à saúde das comunidades afetadas
O município de Barcarena, no Nordeste Paraense, não é muito conhecido dos brasileiros, mas o Porto de Vila do Conde, certamente o é dada a importância econômica que tem para o País.
Por ele, são exportados 443.866 toneladas/ano de bauxita e 5,8 milhões de toneladas/ano de alumina, sendo também a principal via de escoamento do gado em pé, que tem no Pará um dos principais fornecedores ao mercado externo.