Fotos Divulgação, Eduardo Bueres,ICMBio/ Rafael Pinto
Esse rapaz seduz as moças desacompanhadas, levando-as para o fundo do rio e, em alguns casos engravidando-as. Por essa razão, quando um rapaz desconhecido aparece em uma festa usando chapéu, pede-se que ele o tire para garantir que não seja um boto. Daí deriva o costume de dizer, quando uma mulher tem um filho de pai desconhecido, que ele é "filho do boto".
Os botos são mamíferos cetáceos que vivem nos rios amazônicos. Diz-se que, durante as festas juninas, o boto rosado aparece transformado em um rapaz elegantemente vestido de branco e sempre com um chapéu para cobrir a grande narina que não desaparece do topo de sua cabeça com a transformação.
Segundo uma lenda amazônica, em noite de lua cheia, o Boto vem à terra e se transforma em humano, para seduzir e ser amado pelas mulheres e odiado pelos homens.
Boto é uma palavra portuguesa para designar, de forma geral, golfinhos. Em Portugal, no séc. XX, a palavra tem caído em desuso, estando cada vez mais circunscrita às comunidades piscatórias do Norte. No Brasil, o boto, também chamado o peixe-boto.
Foto: Cristino Martins
PARTICIPE DO FESTIVAL DO SAIRÉ EM ALTER DO CHÃO. 1º Dia – 16/09/2015Um ritual que se repete há séculos marcou o início oficial da festa do Çairé, na vila balneária de Alter do Chão, no município de Santarém, oeste paraense. O ritual da início a programação religiosa do Çairé. A parte festiva fica por conta da disputa entre os botos Tucuxi e Cor de Rosa.
Turistas que acompanharam o ritual ficaram encantados. Eles lotam todos os hotéis e pousadas de Alter do Chão.
Durante todo o trajeto é servido a tarubá, bebida indígena fermentada feita de mandioca. Às margens do Lago Verde, homens e mulheres carregaram, separadamente, os seus mastros até as embarcações que os conduziram à vila de Alter do Chão. Os rituais de hasteamento e de derrubada desses mastros serão marcados pela competição entre homens e mulheres.